segunda-feira, 28 de março de 2016

Prenuncio

A grande noticia do fim de semana, se é que podemos chamar noticia a algo que já era mais que esperado, é o anúncio da recandidatura de Bruno de Carvalho à presidência do Sporting. 
Na minha cabeça, como na da esmagadora maioria dos sportinguistas que conheço, essa nem sequer era uma questão. Há muito que se entendeu que a missão de BdC não era exequível num mandato e que o próprio o entendeu bem cedo. Quando se estão a fazer tantos balanços no final dos 3 anos do mandato (falta mais um) salta à vista o muito que foi feito e o muito que resta fazer. Mas desenganem-se os que imaginam que nas próximas eleições existirão nomes de peso capazes de satisfazer a irmandade dos "croquetes escorraçados" + Vieira & friends. Jantares atrás de jantares, não será fácil convencer um nome que diga qualquer coisa aos sócios e que prometa fazer melhor que a direcção actual.
Não entendam pelas minha palavras que não desejo oposição ao candidato anunciado, actual presidente. Bem pelo contrário, acima de tudo estará sempre o Sporting e quantos mais bons candidatos surgirem, com mais e melhores ideias , mais ganhará o acto eleitoral e mais legitimada estará a próxima direcção.
Ao contrário de outros clubes, penso que no Sporting nunca foi hábito eleições sem debate, sem confronto e eu espero que a normalidade se cumpra. O clube ganhará sempre com a exposição de várias soluções e caminhos e a escolha inerente. Mesmo que o "tal" adversário venha dos confins da croquetelândia, Duque ou não, será bem-vindo à discussão.


SL

terça-feira, 22 de março de 2016

Contra Informação

A melhor resposta que os spin doctors vermelhos conseguem dar à inexplicável ausência de expulsões e penaltis assinalados contra a sua equipa em 1 ano de jogos para o campeonato é...o Sporting esteve 4 anos também sem lhes ver assinalada qualquer penalidade desfavorável.

1- Nem sequer vale a pena ir aos arquivos para rebater isto. A informação mesmo que correcta (que não está) não justifica absolutamente nada, ou seja, um erro não se justifica com outro alheio...aprendemos isso na infância, pelos menos alguns de nós;

2- Durante o período em causa 1996-2000 o Sporting apenas um ano disputou o título e além do mais, a fase em causa acerta direitinha no auge do predomínio do Porto, no auge da agência Cosmos e outros esquemas onde nunca constou que algum dirigente leonino estivesse envolvido.

3- O argumento nem sequer faz a tentativa de identificar se existiu algum caso de benefício verde e branco e esquece-se que durante o mesmo período foram expulsos mais 30 jogadores do Sporting...how convenient...

4- Como é normal na gestão de Vieira, não há qualquer observação da verdade, razoabilidade ou bom senso no que se dá aos "atiradores" para disparar na opinião pública...de facto não se destina a convencer nada nem ninguém, mas apenas atirar "areia para os olhos" de quem tiver pouco mais do que zero palmos de testa.

Conclusão:

1 - Gente pequena defende argumentos pequenos.
2- Com "Areia Vieira", não vês eira nem beira.

SL

segunda-feira, 21 de março de 2016

Grandes!

Estádio cheio. Adultos, crianças, jovens, todos com uma enorme ilusão de vitória. O Arouca não prometia grande espetáculo, a equipa não vinha de jogos com nota artística. Mas nós somos assim. Grandes!

SL

terça-feira, 15 de março de 2016

Sondagens

A sondagem da TSF sobre o contentamento dos Sportinguistas com o resultado da época e com JJ vem no momento errado. É curioso que só depois de perder o 1º lugar se façam estes pequenos inquéritos, quando houve tanta jornada para o fazer enquanto liderávamos a classificação. Não me parece sequer que a mostra seja realmente representativa quando se sabe que o publico do futebol em Portugal (apesar de ter mudado muito nas últimas duas épocas) ainda é maioritariamente masculino. Além disso a ficha técnica não indica se quem respondeu às questões relativas ao Sporting foram apenas os sportinguistas, nem tem equivalência nas respostas. Por exemplo ficamos sem saber o que acham os adeptos rivais da época se o título não for alcançado.

Mesmo assim, é assinalável que a percentagem de pessoas que acham que não vencendo o título a época foi péssima....é de apenas 19%. Imagino que a percentagem dos adeptos rivais nesta ponderação seja ainda mais cáustica...mas a TSF não nos quis elucidar nessa matéria.

Aliás, eu acrescentaria uma pergunta que poderia realmente esclarecer as opiniões leoninas quanto aos objectivos da época, que seria: "Se o Sporting ficar em 2º lugar e conseguir o apuramento directo para a Champions, à frente do Porto ou Benfica, com orçamentos muito maiores, a época seria igualmente péssima?"

Quanto a JJ, a percentagem de inquiridos que dá o aval à sua continuação caso não vença o título é bem satisfatória...60% é obra. O que o texto não diz (e não tinha nada que o dizer) é que este é uma prova de que estes inquiridos (repito as minha reticências do início) têm uma taxa se satisfação bastante assinalável mesmo que o principal objectivo (dito e redito pelo próprio) não seja alcançado. Para quem está atento a tipo de respostas similares noutro tipo de sondagens, este resultado indica uma popularidade assinalável.

Mas mais importante que sondagens, mais ou menos representativas, mais ou menos tendenciosas, é o pulsar dos adeptos nas ruas, cafés e estádios que me diz como estamos de "contentamento" com a época ou JJ. Disputar o título depois de 11 anos sem o fazer, ter um treinador com as qualidades (e com os defeitos) de JJ e o festival de emoções ao rubro que isso garante, ter o país e o mundo a criar tarjas, a ir buscar e levar a equipa, ter o estádio do Estoril cheio depois de uma derrota no derby...acho que não precisamos de mais provas. Nunca como agora os sportinguistas se cruzam nas ruas e mesmo no anonimato reconhecem-se e trocam meia-dúzia de ideias sobre a época.

Quanto a JJ, se não vencer o título, repito "se não vencer", não me parece que caia o Carmo e a Trindade, especialmente se ficar em 2º lugar. A pressão para a época seguinte aumenta, o fervor vivido nesta terá se ser renovado, mas com um excelente trabalho de mercado e resistindo a vender algumas peça nucleares, mudando o mínimo dos mínimos...podemos aguardar a próxima temporada com a mesma esperança com que atacámos a que decorre.

SL


segunda-feira, 14 de março de 2016

À confiança

Sporting e Porto venceram. Ambos chegaram com relativa facilidade ao 2-0 e também revelaram dificuldade em gerir o resultado. A ansiedade de não poderem perder pontos leva a erros que fazem as equipas suar muito mais que o suposto. O Carnide joga hoje, o Tondela já tem poucas oportunidades de mostrar que merece ficar na I Liga, mas não se espera grande oposição. Lembro-me do jogo que este clube veio fazer a Alvalade e recordo-me da coragem do árbitro em assinalar um pénalti (que aconteceu fora da área) e expulsar Patricio. Duplo erro, podia ter decidido por pénalti e amarelo (que depois desse jogo já vi acontecer e todos acharem boa decisão) ou livre directo com expulsão (talvez a decisão mais correcta), mas não foi o mau em cima do grave. 

O Sporting esmifrou-se para chegar à vantagem, mas chegando lá, num lance em que Ewerton já não teve pernas para acompanhar o avançado opositor, sofreu o empate. Esta é apenas uma das muitas histórias desta liga, que ainda não teve o Carnide a experimentar a sensação de um pénalti contra ou jogar em inferioridade. A ansiedade que os rivais exibem não mora na Luz. Eu calculo porquê. Época atrás de época, os jogadores encarnados habituam-se a ter o árbitro como amigo, aquele companheiro que ajuda prontamente a inclinar o campo e só por milagre e muita incompetência da equipa não aproveita um qualquer lance para "carregar" o clube encarnado ao colo. Os dados viciados são lançados todas as semanas, em alguns jogos salta aos olhos, noutros não chega a ser preciso, a confiança de jogar "com rede" ajuda. Um trapezista que saiba que mesmo que erre não corre risco de vida, exibe-se melhor e mais confiante, dá até para arriscar em números mais arriscados.

Enquanto isso, nos media, os peões do costume "varrem" a retaguarda, criando a ideia de uma equipa muitos furos acima da realidade e a ser mais papista que o papa na hora de ver beneficios e prejuízos, na hora de ver os inclinamentos do campo.


SL

sexta-feira, 11 de março de 2016

O "chato" do BdC

Enquanto os presidentes dos nossos rivais vão mantendo as poses de estadista mais impunes da história, o nosso é bombardeado sem pudor. Se fala é porque fala, se está silencioso é porque não fala, se vai ao balneário é caso, se não vai é caso na mesma. Não há sindicato que não se sinta ofendido e todos acham que têm uma faca a espetar no lombo de BdC.
Há quem diga que é o presidente que se põe a jeito, por discutir permanentemente muitos assuntos publicamente, eu acho essa ideia ridícula. Ninguém é infalível e apesar de achar que BdC desce muitas vezes de uma postura institucional para falar como adepto...isso por si só não dá o direito a ninguém de desmentir a validade do que diz, até porque o que afirma é o que todos fazem, a toda a hora e em todos os lugares. A isto chama-se transparência e frontalidade. Valores claramente desvalorizados em Portugal.
O que os opinion makers gostam é de figuras opacas, que mimem os poderes oficiais e não oficiais, que eternizem a distância dos adeptos para o que são os centros de decisão e opinião do futebol português. Um líder do Sporting calado e conivente dá muito jeito.

SL

quinta-feira, 10 de março de 2016

A preparação da(s) próxima(s) época(s)

Com a renovação de Ruben Semedo, o Sporting parece ter concluido mais um processo que terá impacto na planificação da próxima época, com a garantia já de que na seguinte também não existirão processos emergentes. Olhando para os jogadores que renovaram e para o fim dos contratos é fácil de entender onde incidirá o ataque no mercado no próximo Verão:

Acabam contrato em Junho de 2016:
Schelotto - opção por mais 1 ano
Coates - opção por mais 1 ano de empréstimo
Bruno Paulista - opção de compra
André Martins

Acabam contrato em Junho de 2017:
Barcos - opção por mais 1 ano
Aquilani - opção de renovação mais 1 ano, por mútuo acordo
João Pereira

Acabam contrato em Junho de 2018:
Bryan Ruiz
Teo Guiterrez
Esgaio

Acabam contrato em Junho de 2019:
P.Oliveira
Naldo
Ewerton
Iuri Medeiros
Jonathan Silva

Acabam contrato em Junho de 2020:
William Carvalho
Adrien
Slimani
João Mário
Jefferson
Mané
Matheus Pereira
Zeegelar
Bruno Cesar
Azbe Zug
Ryan Gauld

Acabam contrato em Junho de 2021:
Gelson Martins
Tobias Figueiredo
João Palhinha
Wallyson

Apenas Teo e Ewerton sairão do quadro de opções, por razões diversas serão casos de urgente recuperação de investimento. Exceptuando vendas de oportunidade, no plantel da próxima época é expectável que possamos já contar com poucas aquisições e reforços cirurgicos.

SL





SL


segunda-feira, 7 de março de 2016

As notas positivas do fim-de-semana

1- Os adeptos do Sporting

Não mereceram a derrota no derby. Foi uma demonstração de fidelidade, fervor e vontade de vencer extraordinária. Sairem do estádio com a derrota foi uma pequena grande "traição" ao desempenho de muitos milhares que vieram de todo o país e de todo o mundo para ajudar a levar a equipa a uma importante vitória. A equipa não esteve ao nível que sabe estar e embora não tenha perdido ainda nada, perdeu a indefectível confiança dos adeptos. Demorará a que se construa este apoio à sua volta...e isso só sucederá com vitórias tão importantes como a desta derrota. Até lá, urge não perder mais pontos, porque se isso suceder, a tão poucos jogos do final, é o adeus a uma época que prometia, face à qualidade dos rivais, ter grandes hipóteses de sucesso. Na próxima época não será tão fácil "aguentar" os melhores jogadores...e despachar Teo´s pode ser mais complicado do que parece.

2- Um porto à deriva

Sinceramente não se vê grandes diferenças com o desempenho de Lopetegui. O Porto continua a ser uma equipa inconstante, que tanto pode vencer na Luz, como perder com o Arouca em casa, não empatar com o Belenenses por mero acaso e, agora, perder com o Braga, revelando muito menos talento e equipa que o adversário. Mais do que o treinador, é a equipa e a qualidade dos jogadores que parece ser uma enorme interrogação. À excepção de Danilo, Layun e Brahimi, todos os outros são de facto jogadores muito medianos, que teriam muitas dificuldade em impor-se nas equipas rivais. A 6 pontos do líder e a 4 do Sporting, ainda têm hipóteses, mas dependem agora de vários escorregões dos adversários...e sinceramente não parecem estar num patamar anímico capaz de melhor do que têm feito.

SL

quinta-feira, 3 de março de 2016

Diferenças

Para quem gosta de ver futebol onde quer que ele se jogue, a Liga Inglesa é quase obrigatória. Já não é tão "pura" na essência do seu jogo como o foi até ao aparecimento de treinadores como Benitez, Mourinho, Alan Pardew ou Allardyce. Estes e outros managers vieram trazer uma dimensão defensiva que o "estilo britânico" não tinha, o que acompanhado de levas de jogadores capazes de interpretar esses papéis (sobretudo franceses e italianos) retirou aos jogos uma dinâmica única, a era do kick &rush já foi ultrapassada há muito.

Mesmo assim, a "velha ilha" mantém um equilíbrio competitivo singular. Findo o reinado de Ferguson, o domínio parecia destinado ao endinheirado Man City. Mas o vizinho do United não soube gastar bem as fortunas que tem para investir e sobretudo encontrar um treinador com a dimensão para cultivar uma identidade vencedora na equipa e até que Guardiola aterre, para já, parece adiado de confirmar qualquer predomínio na Liga.  Este ano há um surpreendente Leicester e um meio surpreendente Tottenham a quebrar o esperado "spell" dos habituais Chelsea, United, City e Arsenal. 

Só por si, a noção de equilíbrio na distribuição de verbas faz com que esta competição estimule o que está a acontecer este ano. Mas não é só isso. Os dirigentes são infinitamente melhores, os árbitros também e as estruturas federativas ou da Liga funcionam sempre num nível de excelência, pouco preocupadas com o que os presidentes de clube x ou y dizem ou mandam dizer. O poder na Liga Inglesa não está nos clubes, mas na própria noção de equilíbrio e equidistância. Um exemplo que em Portugal podia ser seguido, mas que estamos a zilhares de anos de conseguir sequer tentar.


Lá é possível a um clube de fim de tabela, adquirir bons jogadores e solidificar um bom projecto desportivo ao ponto de liderar a tabela classificativa e resistir à venda dos melhores jogadores na janela de Janeiro. É possível que os habituais candidatos ao título percam jogos em casa frente aos últimos sem que marquem penalidades "salvadoras". É possível que aconteça tudo o que o jogo ordenar, sem influências de árbitros inseguros, conselhos de disciplina parciais ou uma imprensa subserviente do(s) favorito(s). Um universo inteiro de diferenças para a nossa Liga. Se retirássemos os nossos 3 grandes da comparação, até a 3ª divisão inglesa teria uma média de espectadores superior à nossa. Diferenças.

SL

quarta-feira, 2 de março de 2016

Que onze?

Ainda a alguns dias do derby, olhamos para os jogadores do plantel e percebe-se que há excepção dos centrais existem muitas escolhas a fazer por parte de JJ. Na baliza Patrício é mais do que óbvio. Depois pode escolher entre Pereira e Schelotto, entre Zeegelar e Jefferson. Coates e Ewerton terão de fazer as duas posições no centro da defesa (Naldo está parado há muito, Semedo está castigado, P.Oliveira ainda não está completamente recuperado). No meio campo os consagrados William e J.Mário fecharão o triângulo com Adrien (caso recupere) ou Aquilani. Nas alas Ruiz é o único indiscutível ficando a outra vaga para disputar entre B.César, Gelson ou...Matheus (tem sido usado nos grandes jogos como factor surpresa). Na frente Slimani está garantido, ficando Teo e Barcos como reserva no banco, mas não seria de espantar se JJ lançasse um destes últimos jogadores de início numa frente de ataque dupla com o argelino.

O importante mesmo é que Ewerton e Adrien estejam em condições para disputar o jogo. Sem uma destas peças, o onze não dará tantas garantias, há que lembrar que o Carnide, mesmo em missão para empatar dará um pouco mais de trabalho que o Guimarães em termos defensivos. Arrisco que a equipa mais previsível seria Patrício, Pereira, Zeegelar, Coates, Ewerton, William, Adrien (Aquilani), J.Mário, Ruiz, B.Cesar, Slimani. Mas JJ é tudo menos previsível e não me espantaria se o onze fosse: Patricio, Pereira, Jefferson, Coates, Ewerton, William, Adrien (Aquilani), J.Mário, Matheus, Ruiz e Slimani. Mas isto vale o que vale e a condição física pode ditar outras soluções para resolver outros problemas.

SL

terça-feira, 1 de março de 2016

Imperfeito

O resultado foi claramente pior que a exibição. O Sporting fez mais do que o suficiente para vencer o jogo, mas tanto o guarda-redes como a falta de pontaria dos avançados manteve o Guimarães a pontuar no final da partida. Não há lágrimas, não há desilusão, não há perda de crença na equipa…não há sequer tempo para tudo o que não seja tocar a reunir e focar já o jogo de Sábado.

Ficaram 2 pontos na cidade-berço, mas ficou também o sinal de um Sporting que vai lutar até ao fim pelo título. Não nos calham grandes penalidades salvadoras para decidir jogos desta importância, portanto, é continuar a fazer o caminho que sabemos fazer. Sempre e cada vez mais, contra tudo e contra todos.


SL

p.s. - Se temos algum direito de preferência sobre o jovem guarda-redes do Guimarães se calhar era boa ideia ir fechando o negócio...é que ontem foi decisivo e tem-no sido ao longo da época. Para a idade...revela um futuro brilhante.