terça-feira, 23 de agosto de 2016

Chegar à frente

O clássico contra o Porto chega numa altura curiosa e valendo o que vale, acontece na ressaca da 2ª mão do play-off de acesso à Champions. Estando o Sporting já apurado, ficará à espera de 1 de 2 resultados e circunstâncias distintas: 1/ recebe um Porto fragilizado por ficar fora de um grande objectivo da época (mas talvez até mais focado em fazer um bom resultado em Alvalade); 2/ apanha um Porto muito moralizado por uma qualificação por muitos já apelidada de "milagrosa", deixando para trás um adversário com melhor equipa, melhores jogadores e até melhor treinador.

Seja como for existem 3 vantagens leoninas: o repouso (não tenhamos dúvidas que o desgaste físico e emocional a que os jogadores do rival estarão sujeitos hoje vai fazer diferença, sobretudo numa fase onde as rotinas de jogo e atléticas ainda não "rolam sobre rodas"; o factor casa (Alvalade vai mesmo encher aproveitando o bom balanço inicial da equipa e os muitos emigrantes que ainda permanecem por Portugal em Agosto); a solidez táctica (o Sporting parece, para já, num plano de performance mais evoluído que o seu rival nortenho, as ideias de NES são ainda pouco presentes e sobretudo defensivamente a equipa não sustem bem os períodos de jogo em que se encontra em fase de bloco recuado - e será assim que assumirá o encontro em Lisboa).

Estas vantagens podem ter expressão no resultado, ou não, uma coisa é certa...tal como em muitos jogos onde o equilíbrio predomina, será a vontade de ganhar e a concentração competitiva que inclinará o terreno e elegerá o vencedor. Eu acredito que reunimos mais capacidade para tal, espero que os jogadores façam a sua parte. Ficar isolados na classificação à 3ª jornada, não sendo fundamental, é o início perfeito, considerando toda a histeria da pré-época face a resultados menos bons...é até uma enorme surpresa para quem acha que uma boa preparação é feita de grandes vitórias contra clubes amadores da Suiça ou do Luxemburgo.

SL

1 comentário:

  1. Caro javardeiro...

    E que diferença na atitude, confiança e discurso para há 3 ou 4 anos...

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